Pesquisa aponta riscos da disseminação da desinformação

Atingir a reputação das pessoas está entre os maiores perigos das informações falsas e incorretas, segundo levantamento do Instituto Locomotiva

Redação Reputation Feed

Quase 90% da população brasileira admite ter acreditado em conteúdos falsos – Foto: Shutterstock

Um dos maiores riscos da desinformação é o de atingir a reputação de alguém, aponta pesquisa do Instituto Locomotiva, recém-divulgada pela Agência Brasil. Para 22% da população, essa ameaça está atrás somente do perigo de eleger maus políticos (26%). Também são mencionados como maior problema a possibilidade de causar medo na população em relação a própria segurança (16%) e de prejudicar os cuidados com a saúde (12%).

O levantamento traz um dado significativo sobre a dimensão do fenômeno e dos desafios para combater a desinformação e as fake news: quase 90% da população brasileira admite ter acreditado em conteúdos falsos. A pesquisa revela ainda que oito, em cada dez brasileiros, já deram credibilidade às fake news. No entanto, 62% afirmam confiar na própria capacidade de diferenciar informações falsas e verdadeiras em um conteúdo.

O instituto ouviu 1.032 pessoas com 18 anos ou mais entre os dias 15 e 20 de fevereiro. No levantamento, as pessoas também apontam o teor das informações falsas nas quais acreditaram. Os temas são variados:

Abaixo, veja o teor das notícias falsas nas quais as pessoas consultadas acreditaram:

Conteúdos falsos mais citados

Vendas de produtos64%
Propostas em campanhas eleitorais63%
Políticas públicas (como vacinação)62%
Escândalos envolvendo políticos62%

Medidas educativas para combater desinformação

“Para enfrentar essa questão, há um desafio para as instituições públicas de formular estratégias que incluam a promoção da educação midiática e a verificação rigorosa das fontes de informação, para fortalecer a comunicação do país e garantir que a população receba informações precisas e confiáveis”, diz Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Conforme a pesquisa, 35% dos entrevistados disseram que serem enganados pela notícia falsa gera um sentimento de ingenuidade. Com raiva, sentem-se 31% dos consultados e, com vergonha, 22%. Um quatro da população (24%) afirma já ter sido acusado de disseminar informações falsas por pessoas com uma visão de mundo diferente.

Capa relatório de risco global - Fórum Econômico Social
Relatório foi divulgado em Davos em janeiro deste ano

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