
Você e sua empresa estão preparados para enfrentar crises de imagem e reputação?
A pergunta não é retórica. É um questionamento determinante, dependendo da resposta – e da ação que você tomar – para o futuro do seu negócio. O impacto das crises de reputação e estratégias de como se preparar contra elas foram tratados pela fundadora e CEO da ANK Reputation, Anik Suzuki, com líderes empresariais da EO (Entrepreneurs’ Organization), do capítulo Porto Alegre, comunidade global formada por mais de 20 mil empreendedores, presente em mais de 80 países.
Baseada na sua experiência, Anik observou que nunca as empresas, os empresários, os conselheiros e os executivos C-Level estiveram tão vulneráveis e expostos a crises como nos dias de hoje. Que as empresas já estão mais habituadas a enfrentarem momentos sensíveis, mas que os líderes ainda são pegos de surpresa e não costumam ter suporte especializado e pronto para apoiá-los em momentos difíceis. E ressaltou: “não podemos esperar mais para nos prepararmos, a única certeza para empresas longevas é que vão passar por crises, provocadas por falhas e problemas internos ou por situações ou contextos externos fora do nosso controle”.
Atuação antes, durante e depois
Anik mostrou dados da sondagem realizada pela ANK Reputation, com mais de 100 líderes de topo de grandes empresas, representantes de 13 segmentos da economia no Brasil, e publicada no início deste ano. A pesquisa (disponível aqui) mostra que mais de 80% dos líderes afirmaram que suas empresas não estão preparadas adequadamente para enfrentar riscos.
“Toda a crise um dia já foi um risco”, alertou Anik, chamando a atenção para a necessidade inadiável de atuar na mitigação e na prevenção de danos reputacionais, com método, processos e iniciativas planejadas. Até porque, se os riscos estão cada vez mais complexos – como crimes cibernéticos, mudanças climáticas, fake news e má conduta de líderes e colaboradores –, as crises decorrentes deles acabam também sendo mais desafiadoras.

“Em reputação, conta mais o impacto. Se o dano é gigantesco, mesmo que seja improvável que aconteça, você precisa agir.”
Anik Suzuki
E estar preparado para enfrentar as crises significa atuar antes, durante e depois das crises, afirmou. Antes, por exemplo, é essencial ter mapeados riscos corporativos e ameaças reputacionais, um plano de mitigação de riscos e uma política de gerenciamento de crises, com governança e fluxos de informação, orientações gerais a líderes e gestores e planos de contingência estabelecidos, além de porta-vozes treinados. “Estar de fato preparado é o mínimo que um empresário ou um CEO precisa oferecer à sua organização”, disse. “Porque dá para fazer com tempo, maior qualidade, de forma mais econômica e dá para preparar as pessoas da empresa para não dependerem só de vocês.”
Anik alertou os membros do EO que para fazer o correto gerenciamento dos riscos e das ameaças reputacionais, eles precisariam analisar cada item a partir de duas perspectiva: da probabilidade de ocorrer e do impacto da ocorrência, caso o risco vire sinistro. “Em reputação, conta mais o impacto. Se o dano é gigantesco, mesmo que seja improvável que aconteça, você precisa agir”.
Custo de oportunidade
Trazendo uma frase usada no mercado financeiro, Anik resumiu concretamente o impacto real da prevenção a danos reputacionais e da gestão de reputação. “Reputação é custo de oportunidade”, reforçou, destacando que as pessoas sempre sabem o que perderam, mas que é difícil saber o que se deixou de ganhar. A conta é a seguinte: uma reputação consolidada e forte, baseada nos atributos corretos, alavanca a empresa, traz mais marketshare, mais moneyshare e diferencia a empresa dos seus concorrentes. Além disso, reduz custos em geral, pois contribui para menor custo para captar recursos no mercado, menor custo para atrair e reter talentos, entre outros.
E, você e sua empresa estão preparados para enfrentar crises de imagem e reputação?
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