Este tema, que costuma dividir opiniões, esteve presente em mais de uma reunião na largada desta semana, e achei que valeria compartilhar a reflexão. Resumidamente, no que acreditamos e que influencia diretamente nossa forma de atuar:
- Estratégias bélicas são aquelas em que você corre para se defender e, geralmente, faz uso da “força”. Exemplos: contra-ataca com notificações e/ou ações judiciais; responde com agressividade e contundência por meio da imprensa, de seus canais ou de terceiros; mobiliza pessoas para reagirem de forma orquestrada; ou utiliza seu poder de influência (ou econômico) para retaliações.
- Estratégias bélicas são ruidosas e, portanto, tendem a chamar muita atenção, inclusive de pessoas que talvez não soubessem do caso. No mundo digital e da inteligência artificial, significa, inclusive, que você pode estar eternizando um capítulo da sua história que gostaria que fosse superado ou esquecido.
- Estratégias bélicas podem gerar excesso de empatia para o outro lado, especialmente se o outro, de quem você se defende, ficar exposto e vulnerável. Corre-se o risco de criarmos a saga do vilão e do mocinho. E se a narrativa do caso não for incontestável para o seu lado, você pode ficar com o lugar de “vilão”.
- Estratégias bélicas incomodam pessoas e empresas mais discretas, conciliadoras e que não gostam de “bate-boca” público ou de se envolver em polêmicas. Ou seja: você pode afastar justamente a maioria silenciosa que poderia estar ao seu lado.
- Estratégias bélicas são caminhos de perdas e ganhos. Quem está no topo ou tem uma reputação a zelar, tem mais a perder. Por isso, na ANK, dificilmente optamos por este caminho para empresas líderes.
Importante: há casos, poucos, mas há, em que essa estratégia pode ser necessária. Nestas situações, valerá o “como fazer”.
Anik Suzuki é CEO da ANK Reputation
anik@ankreputation.com.br