Sondagem realizada pela ANK Reputation apresenta as perspectivas de líderes de algumas das maiores empresas do país sobre o que movimentará os negócios nos próximos meses. A sondagem “As prioridades da alta liderança para 2025” também coloca luz sobre o papel da reputação na estratégia das empresas, especialmente nestes tempos de transformações globais e disruptivas. Veja, a seguir, os principais tópicos do estudo, que teve a participação de mais de uma centena de empresários, conselheiros de administração, CEOs e executivos C-Level, de 13 segmentos da economia, sendo a maior parte da amostra de organizações que faturam mais de R$ 1 bilhão.
Destaques da sondagem
- A prioridade para 2025 são desenvolvimento e gestão de pessoas.
- Atualização tecnológica e transformação digital têm relevância em projetos de todos os segmentos.
- Reputação tem alto impacto positivo em áreas-chave do negócio.
- Má conduta dos líderes e colaboradores é o segundo risco mais citado no levantamento.
- Maioria avalia que está apenas parcialmente preparada para enfrentar riscos.
- 80% dos participantes da sondagem esperam um ano melhor que 2024.
- No ano da COP 30, atenção ao ESG está entre as frentes menos mencionadas.
Desenvolvimento e gestão de pessoas é a prioridade número 1 para aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios deste ano – em boa parte, decorrentes de transformações tecnológicas com alto impacto no negócio, mostra o estudo realizado pela ANK Reputation com a alta liderança de algumas das empresas mais influentes do país. O segundo maior número de menções como frente prioritária para 2025 é atualização tecnológica e de processos produtivos, seguido pela transformação digital.
Reputação e marca é a quarta, em número de menções, entre as frentes estratégicas do negócio que estarão foco das empresas nos próximos meses. Processos de M&A e a busca de investidores para os negócios também integram projetos para 2025, em quinto lugar em número de menções, conforme a sondagem.
“A atualização tecnológica será cada vez mais um imperativo de sobrevivência do negócio, e a liderança reconhece a urgência de ter as pessoas certas, nos lugares certos, para a fazer a transformação acontecer.”
Anik Suzuki,
fundadora e CEO da ANK Reputation
2025 será melhor que 2024
Apesar de identificarem um contexto macroeconômico desafiador, em parte associado a política econômica nacional e conflitos internacionais, 80% dos participantes afirmam que 2025 será um ano melhor do que 2024 para suas empresas. As perspectivas favoráveis estão amparadas em movimentos e iniciativas como o aumento da resiliência a riscos e investimentos em novos produtos.
Impacto positivo da reputação no negócio
Os líderes avaliam que reputação, considerando a confiança e a admiração dos públicos, tem alto impacto em áreas-chave da sobrevivência das empresas. Entre 10 áreas listadas na sondagem, o impacto positivo da reputação é mais percebido na recompra por parte dos clientes, seguido pela atração de novos clientes.
A gestão de temas sensíveis e crises, em terceiro, também é uma das mais beneficiadas pela reputação positiva das empresas – um indicativo de que os líderes percebem a importância do colchão reputacional, construído previamente, para mitigar uma exposição negativa perante seus públicos. Na visão dos líderes, a reputação também tem alto impacto positivo no recrutamento e seleção de pessoas e nas relações com a imprensa.
Os maiores riscos
O alto potencial de riscos relacionados a insegurança cibernética e tratamento de dados concentram as principais preocupações dos consultados pelo estudo, recebendo o maior número de menções. Chama atenção que má conduta e comportamento antiético de lideranças e colaboradores fique em segundo lugar entre os riscos mencionados, somando-se a outras questões contemporâneas: polarização da sociedade, cultura do cancelamento, desinformação e fake news também receberam número significativo de menções.
O que tira o sono
A sondagem revela também o que “tira o sono” dos executivos C-Level neste ano. Entre as razões citadas, aparecem excesso de temas relacionados à tecnologia, dificuldade de reter talentos da nova geração, reforma tributária e cenário econômico. No ano da COP 30, estratégia e ações ESG está entre as frentes com menor número de menções, embora alguns respondentes tenham citado temas dessa agenda como uma de suas preocupações.
Alerta: não há meio termo em gestão de crise
O estudo traz, ainda, um alerta importante para todas as organizações, uma vez que a maioria respondeu que suas empresas estão parcialmente preparadas para um adequado gerenciamento de riscos e crises. Anik Suzuki, fundadora e CEO da ANK Reputation, adverte: “Em gestão de crise não existe meio termo.”. E previne: “Ou você está preparado para evitar e/ ou mitigar os prejuízos de uma crise ou você não está e, portanto, está tomando um risco que pode custar caro, caríssimo, para a sua organização.”.
Maturidade das empresas em reputação (em % de menções)