Lá se foram os primeiros 40 dias do ano, e ainda estamos ouvindo predominantemente a respeito de incertezas políticas e econômicas, crises institucionais e sociais, prognósticos negativos e desejos de “boa sorte” daqueles que perdem o amigo, mas não perdem a piada.
Particularmente, acredito que parte da responsabilidade de quem influencia e desenvolve o mercado – empresas e empresários, instituições, executivos, lideranças e formadores de opinião, entre outros grupos – é também gerar otimismo e favorabilidade. Afinal, como todos sabemos, expectativas importam, e a economia também vive disso.
Mas, voltando aos nossos dias de incertezas, vejo no momento as empresas divididas em dois grupos: as que reduziram velocidade, focadas na gestão de custos, enquanto aguardam maior clareza no cenário interno e externo; e um grupo menor, que percebeu a concorrência puxando o freio de mão e decidiu aproveitar para fazer o contrário, acelerar.
No racional dessas empresas, que consideram a incerteza uma marca do nosso tempo e, portanto, não irão esperar por calmaria no Brasil ou por estabilidade global, está a convicção da enorme oportunidade aberta, quando a concorrência reduz velocidade. E não posso concordar mais: agora é a hora de largar na frente, de fortalecer sua reputação, de se posicionar, se diferenciar e de comunicar, comunicar, comunicar. Mire a pole position e não pare até chegar lá. Não terceirize o seu crescimento e avanço empresarial e de carreira para terceiros ou para questões sobre as quais você não tem controle. Reforce e inspire a equipe. Invista. Investigue. Desenvolva as estratégias e se concentre em tirá-las do papel.
Em tempos de incerteza, largar primeiro e focar em execução são imprescindíveis para estar no podium. E, afinal, quem está nele tem a melhor visão do que está à frente.
Anik Suzuki é CEO da ANK Reputation
anik@ankreputation.com.br
*Artigo publicado no LinkedIn em 8 de fevereiro de 2023