Reputação: construção de valor ao longo do tempo

Clientes, fornecedores, colaboradores e comunidades esperam compromisso genuíno das empresas

Por Sérgio Luiz Cotrim Ribas

Sérgio Ribas, diretor-presidente da Irani e do Grupo Habitasul, assina artigo sobre reputação, construção de valor e temas como comunidades no entorno, ESG e diversidade
Construção de valor exige atitude e relações baseadas na confiança – Foto: Divulgação/RF

Reputação não se compra, não se impõe e, definitivamente, não se improvisa. É um ativo construído ao longo do tempo, reflexo da percepção que os outros têm em relação a uma empresa, um líder ou uma marca. Em uma definição usual, reputação é a realidade para o outro. Ou seja, podemos acreditar que estamos fazendo o certo, mas, o que importa, é como isso se traduz para quem está do outro lado.

Se é assim, então, como transformar o reconhecimento genuíno em um círculo virtuoso que fortalece a marca no longo prazo e gera reputação de valor?

Construção de valor exige atitude, que se traduz em relações significativas estabelecidas com confiança, transparência e entendimento real dos interesses das partes envolvidas. Clientes, fornecedores, colaboradores e comunidades não querem apenas boas intenções, e, sim, compromisso genuíno. Empresas que verdadeiramente constroem valor criam ambientes onde as pessoas crescem, inovam e aprendem, onde cada colaborador não apenas desenvolve habilidades profissionais, mas se torna um cidadão mais consciente e influente na sua comunidade.

E aqui está um ponto essencial: a reputação de uma empresa é indissociável do impacto que ela gera ao seu redor. Estar atento às comunidades no entorno da empresa, entender suas necessidades e contribuir para o seu desenvolvimento é um pilar fundamental para um negócio que quer se manter relevante no longo prazo. O mesmo vale para temas como ESG e diversidade: não são questões acessórias, são estruturais. São escolhas que definem quem queremos ser e como queremos ser percebidos.

No fim das contas, reputação é o reflexo da coerência entre propósito e ação. E isso significa encarar dilemas reais da gestão sobre, por exemplo, como equilibrar a pressão pelos resultados de curto prazo, sem comprometer valores de longo prazo; como garantir a cultura da empresa de fato e como tomar decisões difíceis, respeitando a essência de nossas crenças.

Empresas são células da sociedade que queremos construir e agentes de transformação. Cada uma tem a oportunidade – e a responsabilidade – de contribuir para essa construção de valor.

Porque reputação não se herda, não se improvisa e não se negocia. Ela se constrói. No longo prazo. Com verdade, consistência e propósito.


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